" Ele era tão astuto quanto a noite, o pálido matador de lobos, não precisava de muito para abate-los e borrar a neve do vermelho quente que saia depois do estrondo que fazia os pássaros voarem. Tinha sua pele ferida pelas tantas batalhas, seu rosto enrugado por franzir ao olhar da mira, era esguio, porém forte. Montava seu cavalo, e não precisava de muito mais que a coragem e algumas balas para abater toda uma alcatéia. Glória ao Matador de Lobos! Glória à aquele que retira o que Deus criou! Glória! Saudado era pelos camponeses. Hey, senhor Matador de Lobos, existe um grupo atacando minha criação, vá até eles, por favor, lhe dou 100 moedas, não precisa. Com a testa franzida saiu mancando em seu próprio hedonismo de olhar nos olhos do bicho e acerta-lo. Viva! Viva! Viva! Era só mais um dia qualquer, uso repetitivo do qualquer, cruzes! Enfim, andava seguindo os rastros na neve, farejava o perigo de longe, tão longe quanto seus próprios adversários. Vocês não vão fugir, nunca. E então andava mais um pouco, com sua velha carabina preparada. Até avista-lo, o macho alfa, negro contraste com a neve, olhos amarelos que lhe arrepiaram a espinha. Um passo e o bicho sumiu de sua mira, descendo uma elevação, e foi atrás dele, mas acho chegar ao lugar, ele foi pego, haviam muitos deles, negros, brancos, pardos, cinzas, assim como o céu. Não hesitou em atirar mas só acertou a casca dos pinheiros. E encarado por olhares medonhos, sentou ao chão e esperou que pelo menos fossem rápidos. Lentamente o negro lobo aproximou-se, usou sua pata para rasgar-lhe uma das mãos, e logo saiu, junto com os outros. Ele se levantou, fez um leve tornique, e andou de volta para a vila."
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