domingo, 22 de abril de 2012

A falta que alguma coisa faz, que eu não sei.

Sabe guria, ta faltando algo aqui. Eu não posso lhe dizer o que é, eu não sei realmente o que é. Pode ser seu amor, tuas mãos me tocando, o calor teu encostado no meu. Pode ser o cafuné mal feito, junto com o copo de café, naquele dia chuvoso. Ou aquela simples cerveja de final de semana com os amigos, papos de bar. Será que a música ainda me faz falta? Empunhar mais uma vez a guitarra e mesmo que desafinado, dissonante poder respirar e dizer "estou vivo". Não pode ser tão preto no branco. Guria, queria mais uma vez aquelas luzes piscando, aquele beijo me queimando por dentro, te levantar em meus ombros pra tu gritar aquelas músicas. Mas sinto dizer, não é você, são os momentos. Quero ver de novo aqueles sorrisos dos amigos, depois do futebol mal jogado, pular na piscina. Essa efemeridade corrói. Quero mais daquilo que me faz tremer os ossos, agarrar uma bola na garganta, soltar aquele sorriso de canto de boca e dizer: To vivo, porra!

domingo, 1 de abril de 2012

Her.

Eu faço coisas propositais, eu sei que você vai notar, vai falar. É meu jeito de chamar atenção, não me recrimine por isso. Pode ser que seja só um trauma de infância, como diria os infames terapeutas querendo cada vez afundar mais minha obsessão por você. O que eu poderia dizer? Só posso admitir que há algo que me puxa, como os olhos de ressaca de Capitu, assim são os seus. Alegria é quando se esboça só aquele pequeno sorriso de canto de boca, é o que eu faço ao lembrar de ti. Continue me iluminando.