quarta-feira, 29 de junho de 2011

Porque tu pedistes.

Esta tudo bem, pois as dez já chegam
Assim passam as horas contigo
Só nós sabemos nos nossos crimes
Dos nossos erros, não temos desculpas
Mas esta tudo bem, estamos aqui
Porque não fica mais um pouco?
Esta tudo bem, pois as dez já chegam
E vai ser mais um dia longe
Não fará sentido, sem ao cair da lua
Existir você, mesmo que na tela pixelizada
Mesmo que na memória do que aconteceu
O tempo corre mais ainda
E chegam as dez, não quero que vá
Não faz sentido te prender, tu vives aqui
Sentindo tua presença a cada batida do meu coração
Que falha a bater quando não aparece por aqui
Já viste poeta sem sofrimento?
Pois sem você não existiria poeta,
Não porque és o sofrimento,
É porque é boa parte do que me salva
Respirar pode doer menos com você
Já passaram das dez
E você ainda esta aqui, comigo, mesmo longe
Por algumas horas bebo na garrafa vazia da solidão
Por outras, beberei nosso vinho,
Embraguemos nossas almas em pensamentos
Pois o que importam são as perguntas
Por que tens que ir as dez?
Adeus.
Irá voltar amanhã?

domingo, 26 de junho de 2011

É melhor eu parar antes que algo aconteça

É melhor parar agora, estancar a ferida. É melhor eu voltar a me esconder, renascer, voltar a meses atrás e descobrir um mundo totalmente novo. Acabei descobrindo que agora ele é tedioso, já preciso de novos mundos, já preciso de novas ilusões. Uma semana atrás eu estaria desesperado, com medo, mas agora eu fui além disso, eu cheguei à total indiferença, de só pensar se você estará la, querida solidão.
A única medida é cortar logo essa dor, dar-lhe asas para que ela voe em uma eternidade, e que ache outra para atormentar, que ache outro a enganar em dar oportunidades que não deveriam ser as que eu deveria escolher. Porque me mostra tudo tão fácil, mas quando tudo acontece, tudo se torna um monte de nada e eu me perco neste monte, não sabendo de nada.
Por mais que eu ame as perguntas, o nada não me fascina, ele é falta de paixão, humanos precisam da paixão, aquela que lhe guia mesmo que você não queira, eu não digo só amor, mas eu digo amizade, a conversa, eu esta cada vez mais difícil achar a paixão, poucos ainda me restam, pouquíssimos.
Ai esta, sou forte com os outros, mas não sei me ajudar. Talvez por um momento whiskeys e cigarros me ajudariam, depois procuraria algo mais forte, a música ainda me ajuda. Vocês, os poucos que ainda estão aqui, me ajudam. Por favor eu peço, leiam isso e me salvem, pois esta tudo se perdendo e ao mesmo tempo tudo parece melhor do que sempre foi.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Há muito, à qualquer um

Passos firmes, rápidos, graciosos. Movimento metódico de pernas, músculos se contraem e distendem para os passos elegantes da bailarina da vida, baila sobre os salões da humanidade, rodopia por entre multidões presas, e seduz com seu perfume pueril. Os cabelos soltos às costas, como sempre idealizei nos meus sonhos mais românticos, ou pesadelos mais assustadores, aquele que quanto tu ias embora, me deixava caindo sobre uma montanha de nada, montanha de todas as recordações.
Quem diria que por traz de tão jovial sorriso se escondia a maior fortaleza, a qual escalei a cheguei, ao coração daquela moça que passa logo ali, que anda à minha frente ou que eu encaro fitando seus pequenos olhos castanhos, seus lábios delicados. És quase uma fada, enfeitiçaste minh'alma com seu brilho fugaz.
Ah! Recentes lampejos de paixões aos quais me distraem, desgovernam meu navio, tempestade. Levam-me para outro universo, transforma meus quereres.
Mas a realidade ainda esta aqui, eu ainda posso cair no mar, eu não tenho asas para voar. O sonho começa a brotar, te ver, estar, ser. Só sabe-se que tudo tem de ser concreto, não posso voar. Não me leve, não me tire da terra. Agonia. Queria agonia de todas as horas. Distância. Mesmo que não faça sentido, é isso.
Há muito amei, mas à nenhum qualquer darei o amor que sinto por você.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Infinitos quereres.

Molho meus dedos em tudo o que eu quero
Afogo-me nos infinitos hedonismos
Deixo minha alma corrumpir-se pelos desejos do mundo
Me perco, te acho, me quero, te quero.
Quero as notas mais belas hoje
Espero que o garçom traga o copo de bourbon
Quero mais um cigarro, porque esse já acabou
Lá se mais um querer
Andar na velocidade que eu quiser
Não importa, eu sou tudo, eu quero tudo
Não faz sentido, eu não sou nada, mas continuo querendo tudo
Mas que o meu tudo seja nada perto do querer você.

domingo, 5 de junho de 2011

Porque falta coragem

É outono, e nada faz sentindo. Nada nunca precisou fazer sentido algum, muito menos enquanto se corre pelas folhas no chão, ouvindo o leve estalar delas ao chão e seus risos. Sim, eu ainda lembro daqueles dias em que tudo era uma grande verdade, era puro hedonismo, era prazer, era eu junto de você. Agora são só memórias, talvez seja por isso que dói tanto, por serem somente memórias que voltam a todo tempo queimando as feridas que ficaram abertas.
Agora eu quase acredito que as fotos são tudo o que eu posso sentir, mesmo elas machucando, machucam menos do que lhe ver tão longe. Durma bem meu amor, pois hoje pode ser seu dia de realmente deixa minha vida e quando o fizer uma lágrima cairá, a profecia se tornara verdade, não preciso daquilo tudo, não preciso de você, mas queria que você ficasse. Talvez por caprichos de não lhe deixar voar para longe, mas já pensou por um momento que eu sou quem te ama e quem sempre te quer bem.
Não preciso de clichês de inverno para descrever o que é partida, a partida não é como o fim, que pode ser um novo começo, a partida é fugir, partir é ser covarde, é não querer encarar o que tudo é de verdade, viver uma eterna ilusão, eterna enquanto durar. Não há culpados, se quiser apontar culpados, aponte para mim e você mesma, mas aponte mais para mim, eu sempre errei, eu sempre erro, mas acho que é isso que me torna humano para poder sentir.
Mas eu estou aqui, no mesmo canal vivendo meu drama, portanto se quiser voltar, eu agradeceria. Adeus, por agora.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Se for pra sempre..

- Você sabe, pessoas vão e voltam.
- Eu sei, mas mal posso esperar para que elas voltem.
- É só ter um pouco de paciência.
- E tentar mascarar o medo de elas nunca mais voltarem.
- Precisa tanto assim?
- Não se deixa algo que se ama do dia pra noite, deixa-se?
- É, mas tu sabes que voltara.
- Eu não sei, eu só espero. E as vezes, me parece tempo demais.
- Não se pode desistir.
- Eu já desisti.
- Você não pode se livrar de tudo tão fácil assim.
- Posso. E da próxima, se for pra sempre, que seja breve.