domingo, 10 de março de 2013

It has been

Fazem exatos um mês e talvez alguns minutos em que eu pude olhar em seus olhos e finalmente lhe pedir, em uma ocasião um tanto classuda, em namoro. Eu tentei seguir o protocolo, dizer coisas bonitinhas, talvez até declamar aquele poema que tu fica repetindo feito idiota, não rolou. Foi do meu jeito mesmo, atrapalhado, meio bêbado, de sorriso besta e retardado. E você, que diferente de mim tem um sorriso lindo, me agraciou com o próprio e disse sim. É estranho como uma só palavra pode influenciar em toda uma existência. Que a efemeridade de um momento pode ecoar em minha cabeça em um loop perfeito que sempre termina com um sim. Ou começa com ele. Enfim, foi um mês de saudades, um mês de não saber o que fazer sem ter você, um mês que parece vestibular, de tão difícil que foi, a única diferença é que nele eu passei. O que eu quero agora é fazer de nós algo muito maior, não quero amor de adolescente, quero dar mais um passo contigo, quero amor de gente grande. Quero deixar de lado as besteiras, quero ser menos arrogante, quero tentar ser melhor pra você, quero ser menos cabeça dura. Quero mais amor, mais carinho. Menos ostentação e mais domingos vendo filme, comendo qualquer besteira e tomando limonada. Quero amor calmo, faceiro. Quero seu amor, que esquenta corpo e alma. Obrigada por tudo. Te amo.

domingo, 3 de março de 2013

Carta de qualquer poeta frustrado ao amor um tanto longínquo.

Mês qualquer, hora qualquer dia, dia qualquer. Acordado ou dormindo. É assim que mando essa carta. Carta que podia ser só lembrete, que podia ser telegrama, que podia ser mensagem nesses trecos novos com meu neto chama de internéti. Mas é carta. É carta porque todos aqueles que mandaram cartas eram felizes e sentiam saudades. É assim, eu sou feliz por estar contigo e sinto saudades. Mando essa carta com um sorriso seguido de lágrima, sorriso de te amar e lágrima por tanta vezes que a magoei. É meu pedido de perdão, me ajoelhando e beijando a tua mão. Quero saber como você vai. Quero saber se ainda me ama. Ainda me amas? Saiba que mesmo com essa longa estrada que nos separa, nada desgastou, nem desgastará, meu amor por você. Vejo tudo meio torto sem você, meio fora da ordem. Eu te peço com essa carta, selada com todo meu amor e minhas saudades, para que venha fazer visita ao seu quase enfermo cônjuge, que aos poucos envelhece por sua falta. Eu lhe espero, pra sempre.
Arthur.