terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dignissima homenagem à tempos que passaram.



Aprendizes, eternos de uma vida que não fazia sentido, que não faz sentido. Que comece então o show, são anjos caídos que gritam do inferno a agonia, a solidão, o amor, o protesto. Entre sustenidos e dissonancias, entre gritos e gemidos abafados de um coração quase não compreendido. O suor, o cheiro do alcool, tudo gira e não há medo de se dizer nada, toca-se uma canção sem sentido, mas que diz tudo pra mim. A estridencia da guitarra, seu peso, sua magnitude nas mãos do poeta, o pulsar do baixo, acelarando nosso coração, o rufar da bateria, cruel, agressiva, surreal. Então é ouvida a voz que se auto-proclamam idiota, aquela que geme dentro de uma caixa em forma de coração, e tudo se destrói, tudo vira um, não há mais vazio e inteiro, existe o som, que voa por entre os ouvidos loucos de uma multidão, sobre cabelos longos e roupas enfarrapadas, inundando com sua surrealidade. Então espere, eu tenho uma nova reclamação, por que tudo tinha de acabar com uma velha espingarda?

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