domingo, 28 de agosto de 2011

Fora de controle?

Lá estava, exorcizando seus demônios em mais alguns cigarros. Sentado no escuro, maldita dor de cabeça, maldita fotofobia. Movimentos desesperados, mais uma cerveja. Era o único jeito de se livrar daquilo tudo, por pelo menos aquela noite, por algumas poucas horas sem dor. As pilulas já não faziam efeito ha tempos, eram só uma distração, era o placebo. Lá estava, trocando de placebo, trocando de vida, na verdade, fingindo trocar algo que sempre foi o mesmo. Está tudo bem, ainda pode-se viver, é só mais um dia.
Logo depois de estar disposto o suficiente, começou. Sua ideia inicial era só uma, ele só tinha um objetivo, e sabia que não podia errar. O que diria? Não se sabe, até quando perguntarem. Arquitetar planos é saudável, mas o improviso dos detalhes é o que os deixa bons os jogos, que fazem o jogo continuar a ser jogado, é só não deslizar.
Estava feito, um jantar, vinho, sexo. Estava feito. Deus, como pode fazer aquilo com aquela mulher? Ela era inocente, ela é inocente ainda. As imagens gravam os últimos suspiros, clímax.
Já foi feito, mais algumas cervejas, outros cigarros. Uma música relaxante. Menos um deles. Amanhã deve começar tudo outra vez, é só esperar. Algumas linhas a mais um algumas folhas em branco, não me diga. É isso, hora de ir pra cama, doce criança. Nos vemos nos próximos episódios. E não se esqueçam... Acidentes acontecem. Adios.

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