domingo, 28 de agosto de 2011

Fora de controle?

Lá estava, exorcizando seus demônios em mais alguns cigarros. Sentado no escuro, maldita dor de cabeça, maldita fotofobia. Movimentos desesperados, mais uma cerveja. Era o único jeito de se livrar daquilo tudo, por pelo menos aquela noite, por algumas poucas horas sem dor. As pilulas já não faziam efeito ha tempos, eram só uma distração, era o placebo. Lá estava, trocando de placebo, trocando de vida, na verdade, fingindo trocar algo que sempre foi o mesmo. Está tudo bem, ainda pode-se viver, é só mais um dia.
Logo depois de estar disposto o suficiente, começou. Sua ideia inicial era só uma, ele só tinha um objetivo, e sabia que não podia errar. O que diria? Não se sabe, até quando perguntarem. Arquitetar planos é saudável, mas o improviso dos detalhes é o que os deixa bons os jogos, que fazem o jogo continuar a ser jogado, é só não deslizar.
Estava feito, um jantar, vinho, sexo. Estava feito. Deus, como pode fazer aquilo com aquela mulher? Ela era inocente, ela é inocente ainda. As imagens gravam os últimos suspiros, clímax.
Já foi feito, mais algumas cervejas, outros cigarros. Uma música relaxante. Menos um deles. Amanhã deve começar tudo outra vez, é só esperar. Algumas linhas a mais um algumas folhas em branco, não me diga. É isso, hora de ir pra cama, doce criança. Nos vemos nos próximos episódios. E não se esqueçam... Acidentes acontecem. Adios.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Ateando fogo.

Quero viver esta infância perdida para sempre
Correndo atrás de cada erro e tropeço
E tanto faz se machucar, eu ainda sou uma criança perdida
Corro por entre manchas de sangue e corpos no chão
Grito, xingo, pego-me rindo de minha própria insane
É aqui que continuarei morando, tanto faz
O mundo real nunca foi de verdade mesmo
Minha verdade esta na fantasia de uma noite mal dormida
E onde esta sua verdade? Não sabes em que crer
Minha verdade esta nas notas, mesmo que dissonantes
Tanto faz o amanhã, eu só quero viver
Ao menos meu sorriso é real, assim como a minha vida
Doce vida real fantasiada por traz de coisas mortas
Zumbis criados para me satisfazer
Ai esta, eu me amo, mais que qualquer um
Pois eu sei que posso fazer o que eu quero
Sem medo, sem receio, sem arrependimentos
E você ai parado?
Só pode fazer o que tem sempre planejado
Um dia ainda explodirei seu mundo real
Atearei fogo à tudo
E espero ver o clarão das chamas contigo
De cima uma montanha gelada
Doce mundo real, tão fantasioso.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Aleatoriedades

Quando o sol raiar, sem você
E lá esta, do outro lado da rua
Olharei sempre, até não mais poder
Mas não esta lá, foi para longe.
Guria, deixe-me deitar em seus braços
Deixe-me repetir tudo o que eu sempre digo
Quero senti-lá, no mais sutil dos toques
Quando o sol raiar, eu quero estar com você
E acho que você comigo
Quando o sol raiar, o sol raiará
E como espelhos, nos refletiremos em pensamento.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O que é?

Tu deverias me perguntar algo mais fácil
Porque poesia é algo pequeno demais
Com muitas definições, e da-lhe etimologias

Poesia pode ser fogo que arde sem se ver
Ou aquele versinho da música que diz
" A resposta está soprando no céu"

Ah! Eu deveria dizer que é o amor que não faz sentido
Pode ser também aquela falta de sentido do amor
E por que não só o amor, ou a falta de sentido?

Você pode ver, eu não posso definir
A poesia sopra em bocas amaldiçoadas por bençãos
É feita por mãos calejadas de tanto apagar
[ aquela velha história

O que é então?
Sou eu, é você
É o que você quiser
É aquele mundo de brincadeira
Que você tanto quer.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Protesto Infantil

De volta a prosa. De volta a filosofias noturnas, alias, bem que podia ser madrugada. Escreverei sobre algo um tanto clichê, não tão clichê quanto a chuva, a dor, a vida. Não tão clichê quanto o amor. Só digo que é tudo o que fica preso e por puro medo, sim, medo, eu não digo essas palavras. Enfim, devo começar antes que eu comece a andar, ou escrever, em círculos.
Se hoje tenho um bom coração, mas uma mente errônea devo isso tudo à este "mundo de hoje". Não faz muito tempo que deixei de ser criança, na verdade, eu já deixei de ser uma criança? Dentro de um homem sempre vive uma criança, e quando digo homem, eu digo o homem em gênero, mulheres já nascem maliciosas! Voltando, lembro-me das manhãs sentado vendo meus queridos desenhos animados, neles havia violência, palavras fortes para uma criança se ouvir, mas existe algo que era maior, existia o bem vencendo, você sabia que quanto maior fosse a luta, maior a recompensa, existia a amizade vencendo as barreiras mágicas. Existia uma lição, uma honra. Existiam homens de verdade, e agora homens humanos. Hoje em dia o que temos? Inúteis lições para crianças que não tem valores, nascem com o consumismo ardendo em suas veias. Sou hipócrita ao dizer que cultivo os "bons" valores, sou um tanto relativista e até "niilista" mesmo não dando a mínima para esse tipo de coisa.
Faltam-me as palavras. Eu era feliz e sabia. Nostalgia... Se alguém lê este blog, isso não foi uma postagem.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Tudo o que eu falei fora daqui.

Na completa vastidão
Um nada
Na pequenez (quase) insignificantemente de um átomo
Outro vazio
E nós, completos conjuntos atômicos, outros nadas

Naquela pequena fotografia
Uma vida
Nas primeiras notas cantadas pela manhã
Um tudo
E nós, desperdiçando um tanto belo e fugaz espetáculo

Exclamo à deuses, mesmo que eles sejam eu mesmo
Tu vieste de onde e para onde voltarás?
Pois a certeza de nada eu temo
A duvida é o que me faz mudar

Nota de rodapé: não pode fazer sentido
O lusco fusco dos pixels
Muito além de minha humilde (falta de) inteligencia
PS: Não deve fazer sentido, mas pode.

De pé, ouvindo estrondosas risadas
Minhas têmporas pulsam
É um caminho tortuoso até o destino
E com obstáculos significantes, eu diria

Exclamo ao mundo, sou ser humano oras
Tenho direito à dramas, a cansaços
Tenho direito de mentir e não mudar
De esconder.

Notas escritas a sangue no teto e no chão:
É possível descer, acho que não voarei.
Turvo, turvo
De quem é aquela sombra?

Onde estou?
Uma agulha do meu braço, mundo real, voltei.
Um copo de café.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Tormenta

Deixaste de estar, de viver por ai
Levaste minha paz, quase tudo o que eu tinha
Tu, ultima de minhas tormentas
Que fez o favor de permanecer acordada
Dando o bote a cada vez que baixo a guarda
Assim me perco, em devaneios que nem eu sei
Se são em você ou por você
És minhas última tormenta
Dei-me paz.