quinta-feira, 16 de junho de 2011

Há muito, à qualquer um

Passos firmes, rápidos, graciosos. Movimento metódico de pernas, músculos se contraem e distendem para os passos elegantes da bailarina da vida, baila sobre os salões da humanidade, rodopia por entre multidões presas, e seduz com seu perfume pueril. Os cabelos soltos às costas, como sempre idealizei nos meus sonhos mais românticos, ou pesadelos mais assustadores, aquele que quanto tu ias embora, me deixava caindo sobre uma montanha de nada, montanha de todas as recordações.
Quem diria que por traz de tão jovial sorriso se escondia a maior fortaleza, a qual escalei a cheguei, ao coração daquela moça que passa logo ali, que anda à minha frente ou que eu encaro fitando seus pequenos olhos castanhos, seus lábios delicados. És quase uma fada, enfeitiçaste minh'alma com seu brilho fugaz.
Ah! Recentes lampejos de paixões aos quais me distraem, desgovernam meu navio, tempestade. Levam-me para outro universo, transforma meus quereres.
Mas a realidade ainda esta aqui, eu ainda posso cair no mar, eu não tenho asas para voar. O sonho começa a brotar, te ver, estar, ser. Só sabe-se que tudo tem de ser concreto, não posso voar. Não me leve, não me tire da terra. Agonia. Queria agonia de todas as horas. Distância. Mesmo que não faça sentido, é isso.
Há muito amei, mas à nenhum qualquer darei o amor que sinto por você.

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