terça-feira, 29 de março de 2011
Corredor da morte.
domingo, 20 de março de 2011
A linha tênue entre amor e ódio.
Eu nunca vou me livrar disso...
quinta-feira, 17 de março de 2011
Salada de Frutas (Mais fluidos cerebrais)
sexta-feira, 11 de março de 2011
Apaixonado, mas sem amores.
Onde ninguém vai.
Pode-se dizer que foi um êxtase, algo muito além do que qualquer ser humano, do que qualquer criatura já deve ter sentido na face da terra, relatarei as partes de que lembro Arthur falando, não é muita coisa, no meio da imensidão de coisas que ele falou uma vez à mim, mas deve ser o bastante para alguém ao menos tentar entender, mas sentir, creio que ninguém vá fazê-lo de novo.
A palavra mais usada foi escuro, escuridão, e coisas do tipo, mas deixe eu explicar, não era a ausência de luz, não somente a ausência de luz, que também se fazia presente, mas também o conjunto de coisas que aconteciam a sua volta enquanto ele respirava o ar pesado, nebuloso, aquele lugar não parecia nem um pouco com os poços de fogo da Bíblia, nem o antro de sexo e drogas que os rockeiros pensavam, era uma sensação de estar realmente embaixo da terra, ser sufocado a cada passo, existia só uma luz que iluminava, e por mais que ele tentasse andar para os lados não conseguia. Só via o chão escuro, cor de asfalto talvez, e a névoa que se fazia visível com a presença da luz que o iluminava por cima, quando olhava para cima, não via nada, mas a luz estava ali.
Descritas já as sensações visuais as quais Arthur passou no começo de sua jornada, posso falar das auditivas e talvez daquelas até que ele sentia em sua pele, no tato. Mas de fato, mal existia o som, parecia algo como a embriagues, quando tudo fica longe de você, não se ouvia os passos, a respiração, nem as batidas do coração, aquilo acabou desesperando o rapaz, que começou a correr por aquele caminho negro. Correndo, correndo, correndo mais, sem chegar a lugar algum. As vezes ouvia vozes, ou pensava ouvi-las, nem ele mesmo sabe ao certo, até hoje, foi umas das perguntas que faltaram ser respondidas. Arthur disse que essas vozes vinham em diferentes linhas, tons, e brotavam da escuridão, passando como uma brisa em seus ouvidos. Só conseguiu distinguir três palavras, de todas as pronunciadas, foram “Bem vindo.” “Escolhido” e “Destino”. Foi assustador, mas já dava pra colocar as idéias um pouco mais no lugar.