Era tudo um tanto estranho, as coras não se faziam presentes, eram todas borradas, não havia sequencia lógica, toda a lógica por traz de notas e acordes haviam se perdido. Era tudo tão fácil, cristalino, eu lia mentes com um simples olhar, eu amava a todos, o simples amar.
O gozo, o êxtase, o clamor, tudo se chocava contra lágrimas, contra vida, contra o ermo, contra o claro e escuro, contra o entorpecimento, talvez até contra eu mesmo, dormir para sempre em uma imortalidade insana, mas glorificada, mas até tudo ficar longe, tudo foi tomando forma, as cores já estavam em seus devidos lugares, não se ouvia mais a voz dos anjos, já era tudo tão longe, era tudo tão, falso.
Afinal, minha mente ainda me prega certas peças.
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