sexta-feira, 11 de junho de 2010

Tragédia Moderna



Escondo-me, não deixo que minha face seja mostrada a luz do sol ou ao reflitir da lua, escondo-me de baixo de um velho carvalho, ao qual ja presenciou todos os meus tormentos. Este carvalho viu-me cavar um buraco debaixo dele, viu eu adentrar dentro dele, como se fosse um casulo, dele um dia espero sair, mas enquanto estou aqui neste mundo onde corvos cantam a melodia negra e os podres humanos comandam, continuo a manter minha máscara. Não ligo ao dizer que uso uma máscara, ao menos sou alguem realista, que não se deixa fantasiar por mocinho ou vilão. Olhando para os lados eu vejo pessoas, eu realmente gostaria de saber se elas usam máscaras tão grandes quanto a minha, ou se elas somente escondem parte do seu íntimo, o qual ninguem nunca revela por inteiro. Nesta máscara que uso existe um aparelho que define tudo o que vou falar, mas nela existem livres aberturas para ouvir e ver aquilo que eu quiser, é só um pano no meu rosto que não deixa as pessoas enxergarem a verdade, a minha verdade, que esta muito bem guardada dentro daquele velho carvalho, onde minhas mémorias são construidas, meu mundo é arruinado e minha vida desfalece... Vidas são fragéis assim.

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