domingo, 3 de março de 2013

Carta de qualquer poeta frustrado ao amor um tanto longínquo.

Mês qualquer, hora qualquer dia, dia qualquer. Acordado ou dormindo. É assim que mando essa carta. Carta que podia ser só lembrete, que podia ser telegrama, que podia ser mensagem nesses trecos novos com meu neto chama de internéti. Mas é carta. É carta porque todos aqueles que mandaram cartas eram felizes e sentiam saudades. É assim, eu sou feliz por estar contigo e sinto saudades. Mando essa carta com um sorriso seguido de lágrima, sorriso de te amar e lágrima por tanta vezes que a magoei. É meu pedido de perdão, me ajoelhando e beijando a tua mão. Quero saber como você vai. Quero saber se ainda me ama. Ainda me amas? Saiba que mesmo com essa longa estrada que nos separa, nada desgastou, nem desgastará, meu amor por você. Vejo tudo meio torto sem você, meio fora da ordem. Eu te peço com essa carta, selada com todo meu amor e minhas saudades, para que venha fazer visita ao seu quase enfermo cônjuge, que aos poucos envelhece por sua falta. Eu lhe espero, pra sempre.
Arthur.

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