Dize-se que só é bom se for escrito com sangue, com paixão, com fervor. Aquela coisa de lágrimas dos olhos, um copo de scotch e as mãos trêmulas, inventando e criando, modificando e iludindo qualquer coisa que possa ser chamada de realidade. Com sangue já foi escrito amores, alegrias, paixões, olhos azuis, tristezas, pseudo recaídas, verdadeiras recaídas. Está tudo escrito naquela branca parede da memória, com a vermelhidão quase procariótica, se é que isso convém.
Porém um dia o sangue acaba, a tinta seca, as memórias ficam. E só sobra uma expressão de sarcasmo. " Vida filha da puta, vou te fuder. "
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