sábado, 18 de dezembro de 2010

Cartas ao vento, garrafas ao mar.

Dia qualquer de um ano qualquer, em um lugar qualquer. Alias, poderia até dar a localização geografia de onde estou, ou algo parecido com isso, mas seria, no mínimo inútil apresentar isso à você, pelo menos por enquanto. Enfim, não há um motivo exato para estar escrevendo cartas e jogando pela pequena janela, afim de que alguma insana alma ache-a e, faça o que dever fazer, só não me pergunte o que. Afinal, porque não começar dizendo meu nome, na teoria eu deveria ter um, mas com o passar dos tempos, depois de perder as contas de ver a grama branca e depois verde, se perde realmente a necessidade de um nome concreto, mas como, pessoas normais precisam deles, chamem-me de Arthur, não só por ser meu nome de batismo, mas também pelo fato de eu não ter achado não muito melhor como um nome, ou um pseudônimo. Ah, paremos de besteiras, quem liga para um nome, minha palavra não vale nada mais do que um encarcerado, mas um encarcerado digno, devo dizer à você! Agora, deixe-me descrever o pequeno lugar onde estou, não é nada mais do que um quadrado de 2x2 metros, uma cama e uma mesa com uma cadeira, algo que era para ser uma porta, mas foi trancada com tábuas e pregos por mim mesmo, à mando de não sei quem. Todo o que eu tenho vem da pequena janela que fica logo acima da minha cama, que, na ponta dos pés, eu posso ver, um alto morro, onde a grama ora fica branca, ora fica verde, e ora florida. Aqui dentro não há mais tempo, nem dia, nem noite, tudo o que eu vejo é a mesma imagem da elevação, que eu batizei como Junior, por motivos que nem eu sei. Enfim, falta-me o Necessário, explicarei depois o que vem a ser o mesmo, mas por enquanto, fico por aqui.
Adios!

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